Estelionato, contrabando,
formação de quadrilha e corrupção passiva e ativa. Esses são alguns dos
crimes aos quais empresários envolvidos em bingos clandestinos e
policiais militares e civis podem responder depois da operação realizada
na noite desta sexta-feira, 22, pelo Grupo Estadual de Combate às
Organizações Criminosas (Gecoc) e a Força Nacional.
Durante a operação, serão
cumpridos seis mandados de busca e apreensão expedidos pela 17ª Vara
Criminal em seis casas de jogos de azar, sendo cinco localizadas na
Jatiúca e uma no Centro de Maceió.
Segundo o coordenador do
Gecoc, Alfredo Gaspar de Mendonça, investigações de campo já comprovaram
diversos crimes envolvendo os seis bingos. Entre as principais
acusações sobre os suspeitos pesam: estelionato, já que existe um acerto
para que o jogador sempre perca nas máquinas, e corrupção ativa e
passiva.
“Para se manter, esse grupo
tem corrompido integrantes da Polícia Civil e da Polícia Militar com o
pagamento de propinas. Essas casas têm sido mantidas por meio dessas
práticas”, afirmou o promotor, acrescentando que, como a rotatividade do
suborno é grande, as investigações continuam e a identificação dos
policiais envolvidos será realizada em uma segunda etapa.
“Essa operação não é
superficial. Temos muitos documentos, inclusive os que comprovam o
estelionato, e é possível que aconteçam prisões em flagrante”, disse
Mendonça, frisando que a perícia da Força Nacional será realizada in
loco no momento do cumprimento dos mandatos de busca e apreensão.
“A perícia vai averiguar a
origem dos componentes eletrônicos das máquinas, o que pode levar a
constatação dos crimes de contrabando e descaminho”, disse o promotor.
Ele afirmou ainda que algumas
das casas investigadas na operação desta sexta-feira pertencem as
mesmas pessoas autuadas em operações anteriores. “Dessa vez teremos
provas para prisões em flagrante. Quanto aos agentes públicos que forem
identificados, eles serão punidos por corrupção passiva”, completou o
promotor.
Também acompanham a operação,
que conta com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o capitão
Edson Gondim e a delegada Roberta Neiva, ambos da Força Nacional.
Fonte:Alagoas24horas
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