O Tribunal do Júri de Contagem, em Minas Gerais, vai virar o ‘Maracanã
da Justiça’ a partir das 9h do dia 19. No campo do Judiciário, cinco
compõem o banco dos réus, entre eles o goleiro Bruno Fernandes de Souza,
ex-estrela do Flamengo, acusado de envolvimento no assassinato com
detalhes cruéis da ex-amante Eliza Samudio, mãe de seu filho Bruninho. O
destino do jogador vai ser selado por sete jurados, que vão condenar ou
absolver Bruno e os outros suspeitos da morte de Eliza. Ela teria tido
seu corpo retalhado e jogado a cachorros.
O crime chocou o país, e os holofotes vão estar por até três semanas,
período estimado do julgamento, voltados para a cidade mineira, com
608.650 habitantes. No fórum foi montado um megaesquema de segurança,
com mais de 200 agentes. A Praça Tiradentes, nas imediações, será
interditada e o acesso ao fórum, restrito.
Concentrados para a atuação no júri, os cinco advogados de defesa e o
promotor Henry Wagner Vasconcelos montaram as estratégias. “Pedirei a
condenação dos cinco com base em depoimentos e outros elementos da
investigação policial, vídeos e matérias jornalísticas”, diz Henry.
Testemunha-chave do promotor, Jorge Luiz Rosa, primo do goleiro, que
delatou o crime, não vai à audiência, mas seus depoimentos serão usados.
Henry terá cinco horas para tentar condenar os réus.
Os advogados terão uma hora cada um para defender seus clientes, após
30 testemunhas serem ouvidas e o Ministério Público ter feito a acusação
dos réus. Parte deles vai tentar adiar o júri e impedir que Bruno seja
julgado com Luiz Henrique Romão, o Macarrão, amigo do atleta; o
ex-policial civil Marcos Aparecido Santos, o Bola, Dayanne Souza,
ex-mulher de Bruno, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do jogador.
“Bruno quer ser julgado e vou sair com ele do tribunal para comer
pizza”, aposta o advogado Rui Pimenta. A defesa também vai usar vídeos e
publicações da imprensa.
Fonte:Odia
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