O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), acertou com a
presidente Dilma Rousseff, nesta segunda-feira (29), a criação de um
grupo de trabalho que servirá para a interlocução entre o governo
federal e a equipe de transição da prefeitura paulistana. O encontro, no
Palácio do Planalto, durou cerca de 45 minutos.
Um dos pontos que será discutido nesse grupo será a renegociação da
dívida de São Paulo com a União, que chega a quase o dobro de sua
receita anual. A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece um teto de
120% para essa proporção. Com isso, São Paulo fica impedida de obter
novos empréstimos e financiamentos.
Em rápida entrevista após o encontro, Haddad disse que os detalhes dos
encaminhamentos feitos com a presidente serão divulgados em outra
entrevista coletiva, na tarde desta segunda-feira, em São Paulo.
Segundo ele, o tema da renegociação da dívida foi apenas "tangenciado"
na reunião, que teve objetivo central de "estabelecer uma rotina de
trabalho".
"Foi uma conversa, primeiro de agradecimento, e, segundo, já endereçando
alguns assuntos importantes para a cidade", disse, sem entrar em
detalhes. "Quero, sem nenhuma perda de tempo, já estabelecer uma
interlocução com o governo federal, sobretudo por ter passado por dois
ministérios, conhecer como a máquina federal funciona."
Segundo Haddad, definições de nomes para seu secretariado só serão
anunciados após a definição de um novo organograma da prefeitura.
O único anúncio feito pelo prefeito eleito é a confirmação de que a
coordenação da transição ficará com o vereador Antônio Donato (PT), que
coordenou a campanha do petista.
Perguntado sobre o papel que o ex-presidente Lula, que gestou sua
candidatura, terá em sua administração, evitou responder de forma
objetiva.
"O presidente é um conselheiro de todos nós", limitou-se a dizer.
Fonte:Uolonline
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