segunda-feira, 15 de abril de 2013

Seca compromete produção de laranja alagoana



Produtores de laranja-lima de Santana do Mundaú, na Zona da Mata de Alagoas, aguardam as chuvas de inverno para tentar reverter o prejuízo que tiveram com as duas safras dos anos anteriores. Por causa da estiagem prolongada houve perda em 10% dos laranjais.
Na comunidade Amoras, as flores secas indicam que a laranja-lima não vai vingar. Além de queimar as frutas, o excesso de sol impede que elas atinjam o tamanho ideal. A situação que tem preocupado os produtores.

“Se não tem água, as folhas não crescem e a gente acaba perdendo. Nós perdemos cerca de 100 mil laranjas só nesta propriedade que é minha e do meu irmão”, destacou o produtor rural Lorival Firmino.

Na Associação dos Produtores de Santana do Mundaú, existem cerca de 75 mil pés de laranja. Só que a falta de chuva comprometeu parte da produção. “No ano passado, quando plantamos, havia cerca de 1.500 pés de laranja, mas hoje só existem mil”, explicou o produtor rural Manoel Xavier.

Na região, praticamente não chove desde setembro do ano passado. E essa é a única fonte de irrigação na comunidade. O cultivo da laranja dura seis meses.

E de acordo com a associação, as duas colheitas de 2012 ficaram abaixo do esperado. De mil toneladas, só foi possível colher 600 devido a seca. Com o problema, a qualidade da laranja diminui, e o preço acompanha a queda.

Se antes, mil laranjas eram vendidas a R$ 100, agora, só é possível cobrar de R$ 40 a R$ 60. “ Hoje a laranja sai do pé seca e assim não tem comércio para vender. A única coisa que podemos fazer quando isso acontece é vender para alimentação do gado”, explicou o produtor rural João Firmino.

As laranjas da comunidade são fornecidas principalmente a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e a compradores do estado de São Paulo. E a grande preocupação por aqui é que a próxima safra, ainda verde, pode se comprometer se não chover dentro de um mês.

“Esperamos que chova para que floresça e tenha laranja. Só assim podemos fornecer para a Conab”, falou o presidente da associação, Inácio Francino da Silva.

Fonte:Tribunaunião

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