Barbosa ganhou notoriedade como relator do mensalão, cujo julgamento, o maior já realizado pelo tribunal, já dura mais de três meses.
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Ministro Joaquim Barbosa |
Mais de 2.000 pessoas, entre elas artistas, foram convidadas para a cerimônia de posse, que terá discursos do presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, do procurador-geral, Roberto Gurgel, do ministro do Supremo Luiz Fux e do próprio Barbosa.
Em seu pronunciamento, ele apresentará as prioridades de sua presidência, como, por exemplo, o foco em "grandes questões" e os julgamentos dos chamados recursos com repercussão geral, mecanismo que permite ao STF escolher um caso específico que terá efeito em outros processos semelhantes.
Após a cerimônia, na sede do tribunal, Barbosa será homenageado pelas associações representativas dos magistrados, que organizaram uma festa para ele e o ministro Ricardo Lewandowski, o vice-presidente da corte, em uma casa de eventos.
Barbosa nasceu em Paracatu (MG), filho de uma faxineira e de um caminhoneiro. Sempre gostou de estudar, atividade que dividia com o futebol. Mudou-se para Brasília, onde cursou o ensino médio, em uma escola pública, e a faculdade de direito, na Universidade de Brasília.
Na UnB, fez mestrado. Depois disso, obteve o título de doutor em direito público pela Universidade de Paris 2.
Antes de ir para o STF, foi por quase 20 anos integrante do Ministério Público Federal em Brasília e no Rio.
Barbosa também foi consultor jurídico do Ministério da Saúde, no governo Sarney, e, no fim dos anos 70, oficial de chancelaria do Ministério de Relações Exteriores, quando trabalhou na Embaixada do Brasil na Finlândia.
Reprodução |
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Joaquim Barbosa com 16 anos |
1975 - Começa a cursar a Faculdade de Direito da Universidade de Brasília, formando-se em 1979. Deixa o Ministério das Relações Exteriores e começa a trabalhar como advogado do Serviço Federal de Processamento de Dados
1980 - Começa a pós-graduação na UnB e se casa com Marileuza Francisco de Andrade, com quem tem seu único filho, Felipe. Em 1982 conclui a pós-graduação na universidade, tornando-se especialista na área de direito e Estado
Zulmair Rocha - 23.ago.01/Folhapress |
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Joaquim Barbosa, então procurador da República |
1985 - Assume a chefia da consultoria jurídica do Ministério da Saúde. Em setembro de 1986, sua ex-mulher registra boletim de ocorrência no qual acusa Barbosa de tê-la espancado. Mais tarde, ela afirma que o episódio foi superado
1988 - Com bolsa do CNPq, faz o mestrado (1989-1990) e o doutorado (1990-1993) em direito na Universidade de Paris. Retoma sua carreira de procurador. Publica, em 1994, "La Cour Suprême dans le Système Politique Brésilien"
2001 - Após dois anos de pesquisa nos Estados Unidos, onde lecionou na Universidade Columbia, publica o livro "Ação Afirmativa e Princípio Constitucional da Igualdade". Em 2002 e 2003, leciona na Universidade da Califórnia
Alan Marques - 7.mai.03/Folhapress |
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Lula nomeia Joaquim Barbosa para o STF |
2008 - Torna-se ministro efetivo e vice-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Vota a favor da tese de que políticos condenados em primeira instância poderiam ter sua candidatura anulada, sendo porém voto vencido
2009 - Ele acolhe a denúncia contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB), acusado pela Procuradoria de peculato e lavagem de dinheiro no mensalão mineiro. Desiste de presidir o Tribunal Superior Eleitoral por problemas de saúde
Sérgio Lima - 5.mai.11/Folhapress |
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Ministro Joaquim Barbosa na relatoria do mensalão |
(*) Na história do STF já houve dois ministros afrodescendentes: Pedro Lessa, ministro de 1907 até sua morte, em 1921, e Hermenegildo de Barros, ministro de 1919 até a aposentadoria, em 1937. Nenhum deles chegou a ocupar a presidência do Supremo.
Fonte:UOL
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