Isso porque o senador chegou ao plenário com Chambinho, vestido de gibão e chapéu de couro, assim como Luiz Gonzaga, que ele interpreta no cinema. O senador disse que o ator, que também é acordeonista, iria se apresentar ali mesmo para um público de poucos parlamentares.
Presidindo a sessão, o senador Mozarildo Cavalcanti
(PTB-RR) brecou a iniciativa, alegando que o regimento proíbe
apresentação de terceiros no plenário. "Não tem amparo regimental, não é
o momento", alegou.
Sem saída e incentivado pelo senador, completamente sem graça, Chambinho terminou dando um show relâmpago do lado de fora, encostado ao plenário.
O uso do plenário para atos promocionais levou o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) a apresentar, no início do ano, projeto de resolução proibindo as sessões de homenagens nos dias de sessões normais do Congresso.
A farra das louvações chegou a tal ponto que raro era o dia em que não ocorriam. Aloysio apontou a existência de "um certo mal-estar entre os senadores com a banalização das homenagens".
"Temos tido sessões solenes todas as semanas. Isso é ruim para o Senado, desmerece o Senado, desmerece a atividade política dos senadores ocuparmos nosso tempo, o horário nobre do Senado, com sessões solenes, por mais meritórios que sejam os homenageados", protestou ele, na ocasião.
Com Agência Estado
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