Agentes presos tabela de negociação com presos

Em coletiva realizada na tarde desta segunda-feira, na sede da Delegacia Geral da Polícia Civil em Jacarecica, foram apresentados detalhes da Operação Alcatraz. A quadrilha que agia no presídio Baldomero Cavalcanti era formada por seis pessoas, sendo três agentes penitenciários.

Na operação foram presos, em cumprimento a mandados expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, os agentes penitenciários Bruno Luciano, 30, Alexander Calheiros, 38, e Amazeidan Correia da Silva, 32. Também foram presos Antônio Santiago Campos, 59, Luciana da Silva Alves, 38, e Joselina Maria da Silva (26) que é conhecida como Tatá. Além dos agentes penitenciários, a polícia informou que os outros integrantes tinham relações de parentesco com presos.




Família do crime
O integrante da quadrilha e preso na operação Alcatraz, Antônio Campos é pai de Daniel, Samuel e Tiago, todos reeducandos e apontados como braço armado do crime organizado em Alagoas. Os reeducandos também são acusados de comandar de dentro do presídio  assaltos a banco e residências, além do assalto a um grande empresário em Arapiraca e o roubo a uma agência bancária situada em uma faculdade de Maceió.




Os agentes penitenciários foram indiciados nos crimes de corrupção passiva, tráfico de drogas, roubo majorado, porte ilegal de armas, formação de quadrilha e facilitação de entrada de aparelhos telefônicos no sistema prisional.

Com os acusados a polícia ainda encontrou uma lista com preços tabelados para a entrada de diversos equipamentos e produtos no presídio. Na lista, há itens como maconha prensada, cocaína, espelhos e outros. Os preços variam de R$ 10 a R$450.

A diretora da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), Ana Luiza Nogueira afirmou que as investigações seguem e reforçou a importância do trabalho dos agentes penitenciários, lembrando que este é um caso pontual e não condiz com o perfil sério dos trabalhadores da área.

Na operação Alcatraz foram apreendidos vinte e cinco aparelhos telefônicos, carregadores, uma pistola 380 e remédios de tarja preta.
A Operação, que ocorreu durante o fim de semana, foi possível em razão de um trabalho que durou cerca de três meses de investigações realizadas por policiais civis do Núcleo de Inteligência (NI), da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic).

Fonte:Cadaminuto