domingo, 4 de agosto de 2013

Renan Filho pode ser candidato a governador por Alagoas



Mais uma vez o senador Renan Calheiros vai adiar o seu sonho de consumo: disputar a eleição para se tornar governador de Alagoas. Desde que perdeu a eleição em 90 para Geraldo Bulhões, numa fraude sem precedentes na história política alagoana, o atual presidente do Senado, sempre em época das eleições majoritárias, movimenta-se para conseguir o consenso de todos os segmentos sociais para governar Alagoas. E sempre termina adiando para daqui a mais quatro anos.

Com isso, bem antenado e articulado como é, o senador de Murici preparou sua máquina para conquistar uma liderança nacional.

Por três vezes chegou à Presidência do Senado. Antes, assumiu o Ministério da Justiça, no governo FHC, tornando-se, em apenas um ano no exercício do cargo, o ministro mais eficiente no segundo governo tucano.
A dois meses e um ano da nova eleição para governador, eis o nome de Renan de volta às paradas ou rodas políticas de todo o Estado.

Aproveitando o recesso parlamentar, Renan saiu em articulação para montar uma chapa forte no sentido de ser governador de Alagoas. Infelizmente, novamente deve ser adiada. Aliás, o senador do PMDB não é o primeiro político de Alagoas a não concretizar o seu sonho. O líder udenista Rui Palmeira, miguelense de nascimento, também tentou e não chegou ao topo.

Mas seu filho Guilherme Palmeira concretizou o sonho e assim acalentou o grande líder Rui, que a exemplo de Renan consagrou-se no Congresso Nacional como uma das mais expressivas vozes da política brasileira, tornando-se um senador respeitado, consultado e admirado por seus pares.

E tal como ocorreu com Rui Soares Palmares, o senador de Murici – José Renan Vasconcelos Calheiros – sentirá um gosto de pelo menos ter um filho como inquilino do Palácio Zumbi dos Palmares.
O deputado federal Renan Filho, que já teve uma experiência de seis anos como prefeito de Murici, deve ser mesmo o candidato de consenso das forças políticas de Alagoas, trazendo na sua bagagem um jovem experiente que vem no seu estilo e com luz própria – apesar de ser filho do senador Renan – com uma boa atuação no seu primeiro mandato de deputado federal.

Para Renan Filho ser o candidato ao governo, restam poucas jogadas no xadrez político. E envolve, inclusive, a participação de duas das maiores expressões do PT nacional: o ex-presidente Lula e a presidente Dilma.

É que levantou a ideia da vaga que irá surgir em 2014 no Tribunal de Contas da União de Alagoas vir a ser de um alagoano – o tucano Teotonio Vilela Filho, com trânsito livre com Dilma e Lula. As articulações no Senado ficam por conta do senador Renan, com aval dos outros dois representantes da bancada: Collor e Benedito de Lira.
Com isso, Teo pode chegar ao TCU, onde já esteve por lá os alagoanos Freitas Cavalcante, de Penedo, e o miguelense Guilherme Palmeira.

Essa articulação do Renan, levantada nas suas conversas na Barra de São Miguel, também iria baratear custos da eleição majoritária em Alagoas, tornando-se assim viável e consolidada a vitória de Renanzinho, que representa o fato novo no cenário político de Alagoas, pois não tem quase nenhuma rejeição e colocaria no mesmo palanque todas as expressões política do Estado.

Com a ida de Teo para o TCU, a estrada fica livre para o senador Collor buscar sua reeleição.
Ademais, o senador Renan estaria assim evitando em 2018 um confronto novamente entre as famílias Calheiros e Palmeira. É que fatalmente, daqui a mais cinco anos, o tucano Rui Palmeira se credencia para ser o governador alagoano depois de oito anos na prefeitura de Maceió, onde agora se encontra arrumando a casa, completamente destruída pelo prefeito de concreto, Cicero Almeida.

Calheiros e Palmeira já foram palco de uma disputa eleitoral em 1985, vencida por Guilherme quando disputaram a Prefeitura de Maceió. Depois disso, fumaram o cachimbo da paz e se tornaram amigos.
Portanto, só resta esperar o sinal verde dessa articulação e obter o respaldo do povo, que é a peça mais importante para consolidar qualquer sonho político. Sabe-se, porém, que na classe política alagoana é provável sucesso dessa receita caseira, pois a maioria dos prefeitos, deputados estaduais e federais gostariam que isso acontecesse.
acesse>twitter@Bsoutomaior

0 comentários:

Postar um comentário