sexta-feira, 26 de julho de 2013

Renan pode ser candidato a governador por Alagoas

Eu tenho dúvidas quanto ao local em que serei melhor para o Estado. Mas, se o melhor para Alagoas for minha candidatura, não posso fugir ao desafio”. Foi com esta sentença que o senador Renan Calheiros (PMDB) – um das principais peças do tabuleiro para as eleições de 2014 – respondeu ao ser indagado, durante uma coletiva de imprensa, sobre a possibilidade de disputar o Palácio República dos Palmares.

Calheiros – como sempre – se mostrou cauteloso em relação ao assunto. “Ainda é muito cedo para discutir alianças. Eu tenho dúvidas. Agora, o PMDB é o maior partido do Estado, com bancada federal, bancada na Assembleia Legislativa e com um senador. Então, o partido vai lançar candidato ao governo. Pode inclusive, lançar candidato em todas as áreas: deputado estadual, deputado federal e senador. Mas, depende ainda de uma série de fatores”, colocou o senador peemedebista.

Renan Calheiros ainda comentou sobre as pesquisas eleitorais que estão sendo feitas e que apontam os possíveis nomes para disputar o Palácio República dos Palmares. Nas mais recentes (Ibope, Vox Populi e Ibrape), o peemedebista aparece na liderança. “Qualquer pesquisa que se faça agora não pode ser levada em consideração. Qualquer nome posto se submete a uma avaliação extremamente relativa. São só indicadores que podem mudar, pois há muito tempo”.

O peemedebista – que, conforme bastidores, se movimenta com plano A, B e C dentro do partido, apostando nas possibilidades de ser candidato, ou indicar o deputado federal Renan Filho (PMDB); ou até o ex-prefeito Luciano Barbosa (PMDB) – diz, ao menos oficialmente, que o processo eleitoral só deve ser discutido ao seu tempo, no início de 2014.

 “A eleição tem o seu tempo e não é o tempo da gente. Eu avalio é preciso primeiro se ter um projeto, um plano de governo. Logo em seguida, ter um candidato com condições e uma aliança em torno deste nome. No PMDB, não há escassez de quadros. Muito pelo contrário”, complementou. Calheiros – confirmando ainda que indiretamente os bastidores - citou o nome de Renan Filho e Luciano Barbosa dentre os possíveis candidatos peemedebistas.

O senador define a antecipação da discussão sobre eleição como algo ruim, mas credita ao fato de Alagoas ser “um laboratório político. Um Estado pequeno, porém complexo. É preciso saber primeiro onde eu serei mais útil. Portanto, eu ser candidato é uma decisão que cabe aos alagoanos e não a mim. Cabe aos alagoanos se é o melhor para Alagoas”.  Será que nos bastidores – ao passo que declara cautela – Renan Calheiros trabalha para uma aclamação? O peemedebista já mostrou o quanto é bom no tapetão nas eleições de 2010. Movimentou-se como um verdadeiro enxadrista eliminando ameaças antes mesmo de ser candidato à reeleição ao Senado Federal. Que o digam Ronaldo Lessa (PDT) e José Pinto de Luna (PT).

Outro nome lembrado por Renan Calheiros, mas só para entrar na fila, já que as possibilidades são reduzidíssimas (quase impossível) foi o de José Wanderley. O médico recebeu elogios do senador.

Calheiros foi indagado ainda sobre as alianças políticas com outras legendas em função de um projeto ao governo. “Alagoas possui muitos grupos políticos que podem ter projetos conflitantes no primeiro turno. É legítimo que tenham neste momento. Eu tenho uma boa relação com todos eles. Boa relação com Fernando Collor (senador do PTB), com Ronaldo Lessa (PDT), com Cícero Almeida (PRTB), enfim. Mas, eu ajudo Alagoas com meus compromissos com o Estado, independente do grupo”.

Em todo caso, Renan ressaltou que o PMDB não faz parte do atual governo. Mas, habilmente também não quis avaliar a gestão do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). “Não me compete avaliar o governo. Compete ajudar em função do cargo que eu ocupo”, frisou. Mas, se Renan Calheiros não avalia a gestão de Vilela, avalia a da presidente Dilma Rousseff (PT): “Dilma vive circunstâncias postas pelas manifestações. O padrão Copa está sendo cobrado em outros setores. Ela precisa dar as respostas, como tem buscado. Nós, no Senado vamos ajudar”, finalizou.

Estou no twitter: @lulavilar

0 comentários:

Postar um comentário